Boas práticas de manipulação em UAN
Então hoje vamos falar sobre Boas práticas de manipulação em UAN: como garantir segurança alimentar. Quer saber mais vem comigo !
Eu já vivi cada situação dentro de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) que daria para escrever um livro!
Quem trabalha ou já trabalhou nesse ambiente sabe que cada detalhe importa — desde a forma como lavamos as mãos até o jeito como armazenamos os alimentos.
Às vezes, parece “coisa pequena”, mas são justamente essas pequenas atitudes que garantem a segurança alimentar de todos que confiam no nosso trabalho.
Hoje, quero compartilhar com você como eu enxergo as boas práticas de manipulação em UAN, de uma forma leve e prática, sem enrolação.
Não vou trazer aqui um manual técnico cheio de normas complicadas, mas sim exemplos reais do dia a dia, daqueles que fazem toda a diferença na cozinha coletiva.
Por que falar sobre boas práticas em UAN?
Eu acredito que cozinhar para muitas pessoas é uma grande responsabilidade.
Em uma UAN, não estamos preparando só “comida”: estamos entregando saúde, bem-estar e até memórias afetivas. Afinal, quem nunca se lembrou da infância ao sentir o cheirinho de um arroz fresquinho ou de um feijão temperado com carinho?
Só que, para garantir isso, precisamos ter muito cuidado com a manipulação dos alimentos.
Um descuido simples pode causar contaminação, desperdício e até surtos alimentares. E eu posso te afirmar: ninguém quer ser responsável por isso.
A importância do cuidado com as mãos
Pode parecer óbvio, mas eu já vi muita gente subestimar a importância de lavar as mãos. E não é só aquela lavadinha rápida, não.
Lavar as mãos de forma correta é uma barreira contra milhares de microrganismos invisíveis que podem estragar toda a refeição.
Eu costumo dizer para a equipe: “mãos limpas são o nosso primeiro ingrediente”. E olha, quando a gente cria esse hábito, tudo flui melhor. É como afiar a faca antes de cortar legumes — um detalhe que faz toda a diferença.
Temperatura: o “termômetro da segurança”
Outro ponto que sempre reforço é o cuidado com a temperatura. Alimento não pode ficar nem muito tempo em temperatura ambiente nem ser servido frio quando deveria estar quente.
Na prática, isso significa:
- Armazenar corretamente na câmara fria ou no freezer.
- Aquecer bem antes de servir.
- Manter as cubas em banho-maria, garantindo que o alimento esteja sempre seguro.
Já perdi a conta de quantas vezes precisei conversar com a equipe porque o arroz ficou mais tempo na bancada do que deveria. É nesses momentos que lembro: a segurança alimentar não dá espaço para improviso.
Higienização dos alimentos e utensílios
Você já viu uma salada mal lavada? Parece inofensivo, mas pode ser um perigo. Por isso, sempre insisto que a higienização das hortaliças, frutas e legumes seja feita com calma e atenção.
Não adianta lavar “de qualquer jeito” só para ganhar tempo.
E os utensílios? Ah, esses merecem um capítulo à parte. Não dá para cortar carne crua e, logo depois, picar legumes na mesma tábua.
Isso é pedir para que a contaminação cruzada aconteça. Eu costumo orientar: “cada alimento tem o seu lugar, cada utensílio tem a sua função”. Simples, mas poderoso.

O papel da equipe
De nada adianta termos regras, normas e fichas técnicas se a equipe não estiver engajada. Já percebi que treinar e, principalmente, conversar com clareza com os colaboradores é o caminho mais eficiente.
Eu prefiro mostrar o porquê das coisas em vez de apenas mandar fazer. Quando a equipe entende que usar touca não é frescura, mas sim uma forma de evitar que cabelos caiam na comida, tudo muda.
Quando eles percebem que não é só “lavar a mão porque o nutricionista mandou”, mas sim porque isso protege a saúde de quem vai comer, a motivação é diferente.
Exemplos reais que já vivi
Deixe-me compartilhar alguns episódios:
- A cuba de frango cozido esquecido no balcão: certa vez, um funcionário deixou sobre a bancada a cuba sem proteção. Quando percebi, tinha uma mosca dentro da cuba, tive que descartar tudo. O desperdício doeu, mas foi necessário. Isso me fez reforçar com a equipe que alimento pronto precisa ser armazenado corretamente.
- O treinamento que mudou tudo: lembro também de um dia em que fizemos uma dinâmica prática de lavagem de mãos. A equipe pôde ver, com uma tinta especial, os pontos que costumavam esquecer de lavar. Foi divertido e, ao mesmo tempo, educativo. Depois disso, nunca mais precisaram de lembrete constante.
Boas práticas são rotina, não exceção
Uma coisa que aprendi é que boas práticas de manipulação não podem ser vistas como um peso ou uma burocracia. Elas precisam ser incorporadas à rotina, como parte natural do trabalho.
Quando o ambiente de cozinha já respira organização, higiene e segurança, tudo fica mais leve. A equipe entende que não se trata apenas de cumprir regras, mas de valorizar quem está do outro lado do prato.
Como transformar teoria em prática
Muita gente me pergunta: “Mas como fazer a equipe realmente aplicar as boas práticas todos os dias?”. Eu sempre respondo:
- Dê o exemplo: não adianta cobrar touca se você mesmo não usa.
- Explique o porquê: ninguém segue regra só por obrigação, mas sim quando entende a importância dela.
- Treine de forma criativa: dinâmicas, rodas de conversa e exemplos práticos funcionam muito mais do que longas palestras.
- Reforce sempre: boas práticas precisam ser lembradas o tempo todo.
Conclusão
Então hoje aprendemos sobre Boas práticas de manipulação em UAN: como garantir segurança alimentar. Me conta o que achou !
Falar sobre boas práticas de manipulação em UAN é, na verdade, falar sobre respeito. Respeito à saúde, ao alimento e às pessoas que vão consumi-lo. Eu costumo pensar que, cada vez que cuidamos dos detalhes, estamos garantindo não só uma refeição segura, mas também a confiança de quem depende do nosso trabalho.
E agora eu quero ouvir você: já viveu alguma situação marcante sobre segurança alimentar em cozinhas coletivas? Já viu um erro que poderia ter sido evitado com uma boa prática simples?
Deixe seu comentário aqui embaixo e compartilhe este artigo com colegas que também trabalham ou se interessam por esse tema. Tenho certeza de que podemos aprender muito uns com os outros e, juntos, tornar a alimentação coletiva cada vez mais segura e humana.